Entrevista #32
19 de março 2018
Henrique Nunes
ENGENHEIRO CIVIL | DIRIGENTE DA ASSOCIAÇÃO NOVA RUGBY
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Ready to Rumble
Nacionalidade: Portuguesa
Naturalidade: Lisboa
Idade: 26
Função: Estagiário - Programa Arte e Engenho
No Grupo Casais desde agosto de 2017
Em que mercados/empresas do Grupo já trabalhaste? Casais Engenharia e Construção
Lema de vida: Ter brio em tudo o que faço!
Em campo deita o inimigo abaixo, na obra levanta um edifício, Henrique Nunes, é ex-jogador e atual dirigente da Associação NOVA Rugby, equipa ligada à Universidade Nova de Lisboa. Quando tinha apenas oito anos, um amigo do irmão mais velho convenceu-os a participar num treino e, desde aí, não saiu do campo. Dentro de linhas era o único local onde Henrique e o irmão, João, estavam em sintonia pois ali, não havia chatices nem discussões.
Até aos 24 anos Henrique lutou pelo seu lugar em campo, jogou na divisão de honra e foi Campeão Nacional de sub-21. Foram os seus verdadeiros anos de glória no rugby. Mas ‘nem tudo são rosas’, a dificuldade de conciliar o desporto com os estudos e uma lesão grave fez com que abandonasse a equipa. Um ano depois voltou ao Clube de Rugby da Faculdade de Ciência e Tecnologia (CR FCT) e começou a envolver-se mais na parte administrativa, ficando responsável pela equipa universitária, e mais tarde, pela equipa federada.
“... o desporto ajudou na realização pessoal, na integração, cada um tem a sua função e reconhecimento”
Assumiu a presidência do CR FCT durante três anos, ajudou-o crescer, o clube passou a englobar toda a Universidade e não apenas uma faculdade, passando a designar-se Associação NOVA Rugby. Hoje é um dos dirigentes, e a sua maior motivação é “conseguir criar e proporcionar condições para que os novos jogadores possam ter mais e melhores experiências que só o rugby pode proporcionar”.
O seu objetivo passa por expandir o clube. Para isso necessita de investimento e decidiu criar um programa de parcerias com empresas. As empresas colaboram oferecendo bolsas, parciais ou integrais, aos jogadores e, em troca, estes realizam estágios nas empresas, fornecendo mão-de-obra e conhecimento especializado. Quer criar melhores condições para os jogadores, dar-lhes mais oportunidades, como a participação em campeonatos nacionais e europeus.
O engenheiro civil admite que “o desporto ajudou na realização pessoal, na integração, cada um tem a sua função e reconhecimento”. A equipa de rugby é uma verdadeira família. Dentro de campo, criam-se relações que se mantêm fora e sabemos que “podemos contar uns com os outros, todos ajudam quando é necessário”. O facto de ser um clube ainda em crescimento, amador, faz com que seja necessária a ajuda de todos, mesmo fora de campo, todos “têm de fazer um bocadinho de tudo”.
Para Henrique, no jogo tal como nas obras, o trabalho de equipa é fundamental, pois “cada elemento é responsável pela equipa e pelo seu sucesso, conquistamos territórios juntos, aprendemos a ser responsáveis, a cumprir com o compromisso e a colocar valor em tudo o que fazemos”.
Neste momento a disponibilidade para o clube escasseia, no entanto continua a ajudar e a “fazer um pouco de tudo”. Está encarregue do departamento técnico, de gerir deslocações, dar apoio aos treinadores, gerir as finanças e até faz de fisioterapeuta, quando é necessário!
No final, Henrique solta o desejo de “formar pessoas, não apenas jogadores…” e espera que “os valores que lhes transmitimos dentro de campo sejam aplicados lá fora também”.
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