Entrevista #21

24 de abril 2017

 

João Pinto

ORÇAMENTISTA | TRIALISTA

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Rollin’ down the hill

Nacionalidade: Portuguesa

Naturalidade: Braga

Idade: 28

Função: Técnico de Consultas / Orçamentista

No Grupo Casais há três anos

Em que mercados/empresas do Grupo já trabalhaste? Undel

 

Lema de vida: “Quem quiser vencer na vida deve fazer como os seus sábios: mesmo com alma partida ter um sorriso nos lábios”

Dinamor

Por entre obstáculos, João guia a sua bicicleta. Uma paixão que começou quando ainda era adolescente, hoje recorda momentos, títulos e peripécias de mais de uma década de trial.

 

Tudo começou quando viu um vizinho a praticar, na rua. “Sempre fui fã do desporto de duas rodas e decidi experimentar este”. Para aqueles que desconhecem a atividade, o trial consiste em ultrapassar obstáculos com uma bicicleta, em vários circuitos e contextos (monte, cidade…), cronometrado por tempo e com vários graus de dificuldade.

 

O gosto foi crescendo e aos 15 anos recebeu a sua primeira bike: “Nunca me vou esquecer deste momento. Fiquei muito emocionado e agradecido ao meu pai.” Atualmente, no verão, treina todos os dias, no inverno, apenas aos fins-de-semana. João tem o apoio da família. Seguem-no nas provas e orgulham-se do percurso que o jovem atleta tem feito no desporto.

“Eu vou ao ginásio quase todos os dias. Preciso de trabalhar, essencialmente, braços, pois é aí que reside toda a força”

Para conseguir ser um atleta de trial, é preciso ter uma boa forma física, explica o técnico da Undel. “Eu vou ao ginásio quase todos os dias. Preciso de trabalhar, essencialmente, braços, pois é aí que reside toda a força”, confessa. A sensação é de liberdade e independência. Quando está em cima da bicicleta, todos os problemas ficam em standby. A concentração é máxima e os resultados, esses, só se sabem no final das competições.

 

Foi na Academia Trial Portugal, em Vila Verde, que o trialista começou. “Juntei-me à Academia e aí dei os primeiros passos. Usava as bicicletas que eles têm e assim podia praticar”, explica. Mais tarde, quando recebeu o seu próprio equipamento, continuou a frequentar o espaço, para aprender com os mais velhos.

 

Em 2010 João ganhou o título de campeão nacional. O nervosismo que sentiu não o impediu de arrecadar o título. “Só tenho uma palavra para descrever esse dia: felicidade”, revela, emocionado. Foram muitas semanas de ginásio, muitos dias de bicicleta e muitas horas de piscina, para ganhar resistência e corrigir a postura. Na prova, a ansiedade foi controlada sempre com um objetivo em mente: fazer o melhor possível. Cada pé que colocava no chão era uma penalização. Mas nem a pressão da competição impediu João de acabar uma hora antes de todos. No final, confessa, o sorriso manteve-se durante um mês, de orelha a orelha. A camisola desse dia é, religiosamente, conservada. “Sempre que olho para ela recordo essa alegria”, explica.

 

Em Portugal, o trial não é ainda muito conhecido. Existem cerca de 100 praticantes, mas menos de metade são federados. Contudo, as demonstrações públicas têm sempre bastante sucesso: “A Trial Portugal (www.trialportugal.net) é convidada por várias Câmaras Municipais e entidades públicas e privadas, para fazer exibições e divulgar o desporto. As pessoas interessam-se e gostam de nos ver a fazer as acrobacias. É um desporto bastante dinâmico”. O atleta, percorre o país, de norte a sul.

 

Apesar de mais dispendioso, no futuro, João gostaria de passar para as motos. Recusa-se a abandonar o ciclismo: “Já faz parte de quem eu sou. É a minha forma de vida. Não consigo deixar.” Descurando os arranhões e mazelas, o técnico do Grupo Casais continua e continuará a praticar o seu desporto de eleição.

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