Entrevista #1
17 de agosto 2015
Pedro Canha
ENGENHEIRO CIVIL | VOLUNTÁRIO
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Keep calm and save sea turtles
Lema de vida
Viver o presente o “AGORA”, dar sempre o meu melhor e apreciar o momento sem estar a pensar que poderia ser diferente e também como será o futuro. Quando se vive condicionado no futuro, (espaço de tempo que não vivemos porque nunca estamos lá), corremos o risco de passar as nossas vidas não vivendo mas apenas desejando.
Nacionalidade: Portuguesa
Naturalidade: Leiria
Idade: 39
Profissão: Engenheiro Civil
Função: Diretor de Mercado, Cabo Verde
Apoiar as equipas em campo, sensibilizar a população, conhecer a espécie e ainda os hábitos das comunidades locais foram algumas das razões que levaram Pedro Canha a abraçar o voluntariado na Associação para a Proteção, Pesquisa e Conservação das Tartarugas Marinhas nos Países Lusófonos (ATM).
“Tartarugas a salvo” é o mote da instituição, que se assume como um importante elemento de apoio à sobrevivência da Tartaruga Marinha, promovendo a investigação e preservação da espécie. O principal objetivo? Combater a extinção.
Ainda leigo no que se refere aos meandros do voluntariado, Pedro Canha arriscou a sua primeira experiência em abril, em São Tomé e Príncipe, quando decidiu fugir do habitual turismo de massas e procurar algo diferente.
“Este projeto revelou-se uma oportunidade única e espetacular de contactar com animais em vias de extinção que, de outra forma, seria impossível”
“Este projeto revelou-se uma oportunidade única e espetacular de contactar com animais em vias de extinção que, de outra forma, seria impossível”, explica. Fascinado pela biologia marinha, Pedro caracteriza esta experiência como um processo de “enriquecimento pessoal.”
“Apenas uma em cada mil tartarugas chega à idade adulta. Os riscos são diversos: predadores naturais, turistas, poluição, captura ilegal para consumo de carne de tartaruga e uso das carapaças…”, esclarece.
Alimentando este interesse pelo voluntariado, atualmente, Pedro Canha apoia a ONG Projeto Biodiversidade, em Cabo Verde, mais propriamente na Ilha do Sal, onde realiza patrulhas noturnas todas as sextas-feiras, em diferentes praias. Com estas patrulhas, em locais assinalados como potenciais pontos de desova, pretende-se garantir que os areais reúnem as características necessárias para o posterior nascimento de dezenas de milhares de tartarugas Caretta-Caretta, espécie mais comum que desova em Cabo verde.
Além das patrulhas, Pedro presta também apoio na transladação dos ovos para uma espécie de maternidade, onde permanecem seguros até ao momento da eclosão, 55 dias depois da desova. Aí, são novamente colocados na praia para que as tartarugas recém-nascidas possam percorrer o areal, processo essencial para o seu desenvolvimento e reconhecimento da praia, garantindo a recolha de informações necessárias para que na idade adulta possam regressar à mesma zona para se reproduzirem.
“Gostei muito da primeira experiência em São Tomé e Príncipe e estou a dar continuidade aqui em Cabo Verde. Certamente vou continuar com este projeto... Sinto-me bem por fazer algo pelo mundo, pelos outros e pela conservação da biodiversidade. Aconselho a todos a vivência de uma experiência de voluntariado!”, conclui o Diretor de Mercado da Casais em Cabo Verde.
Mais informações sobre o projeto que o Pedro Canha apoia:
Projeto de Voluntariado na ATM - Associação de Tartarugas Marinhas
www.tartarugasmarinhas.pt
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