Entrevista #3

26 de outubro 2015

 

Sylvia Pereira

ENGENHEIRA CIVIL  |  ATLETA

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Million Dollar Player

 

 

Lema de vida

Aproveitar a vida ao máximo.

Nacionalidade: Portuguesa / Francesa

Naturalidade: França

Idade: 26

Profissão: Engenheira Civil

Função: Técnica de Estudos e Propostas

Há quanto tempo fazes parte do Grupo Casais?

Desde 2013.

Em que mercados/empresas do Grupo já trabalhaste?

Carpincasais e Casais Engenharia.

 

As mãos são a sua ferramenta. No trabalho, usa-as para escrever, fora do escritório, agarra e remata, literalmente, a sua paixão. Jogadora de andebol na equipa feminina do ABC de Braga, Sylvia Pereira é escassa nas palavras que usa para descrever aquilo que, para si, é mais do que um desporto: “É uma arte. Uma terapia.”

 

Receber, preparar e rematar.

Podia ser mais um relato de um jogo, mas não. É a rotina dos fins de dia de Sylvia. É uma rotina ainda recente, mas a paixão, essa, é já antiga. “Comecei há dois anos, quando recebi o convite para entrar na equipa, sem experiência nenhuma!”, explica. No entanto, foi aos 17 que começou a acompanhar os jogos da irmã mais nova, também ela jogadora na equipa do ABC.

“Todos os fins de semana tenho jogo, o que me limita bastante o tempo com a família e com os amigos. Mas faço o que gosto, é a minha opção”

Restrita às plateias do andebol durante algum tempo, Sylvia revela que, contribuir para o jogo, consegue ser menos stressante do que assistir. Sem vocação para treinadora de bancada, a ponta direita prefere o desgaste do jogo, pois sabe que, ali, pode trabalhar pela equipa: “Dou tudo o que tenho e deixo o meu melhor em campo, sempre.”

 

Apesar de ser uma modalidade predominantemente masculina, o andebol jogado no feminino sobressai pela solidariedade, companheirismo e espírito de equipa. Para Sylvia, este desporto assume-se como um escape da realidade: “Os problemas de casa ficam em casa, quando entramos em campo. Os problemas do jogo, esses também ficam em campo!”. Todas as dificuldades desaparecem, momentaneamente, quando calça as sapatilhas, veste o equipamento e embarca na aventura com a equipa.

 

“Todos os fins de semana tenho jogo, o que me limita bastante o tempo com a família e com os amigos. Mas faço o que gosto, é a minha opção”, conclui a jovem. Com treinos quatro vezes por semana, a atleta federada tem no andebol a sua adição, o seu ‘descompressor’ natural. “Gosto de acordar de manhã e saber que tenho treino. Se passar uma semana sem andebol, já só consigo pensar numa bola e em remates”, revela.

 

Empurrões, pisadelas, arranhões, e beliscões. Por momentos, parece tratar-se de uma espécie de ‘fight club’. Mas não. É assim o andebol feminino: “Nós raparigas somos mais agressivas em campo. Há mais cartões vermelhos aqui do que nos jogos das equipas masculinas!”, graceja Sylvia. “A verdade é que temos de ser ferozes e concentradas. Quando o jogo começa, posso dizer que me torno outra pessoa!”, conclui.

 

Conhecido por ser um desporto exigente e de muita adrenalina, Sylvia considera que é no momento da vitória que o andebol revela a sua grande magia: “É muita alegria. A equipa ganha uma nova vida dentro e fora do campo. Somos companheiras e amigas, dentro e fora do jogo.”

 

Como jogadores de referência, Sylvia tem Gilberto Duarte, lateral esquerdo no Futebol Clube do Porto e Fábio Vidrago, ponta esquerda no ABC de Braga e amigo pessoal.

 

A equipa feminina de Andebol do ABC Braga joga no Torneio de Abertura – Séniors e encontra-se na 2ª posição, com quatro pontos.

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